A Suframa deu início, nesta quinta-feira (22), aos trabalhos de mensuração da Massa Documental Acumulada (MDA) armazenada em seu Arquivo Geral. Essa é uma etapa preliminar essencial para o diagnóstico da situação atual dos arquivos da Autarquia e integra um esforço mais amplo voltado à implantação de uma política de gestão arquivística alinhada aos princípios ESG (Ambiental, Social e Governança). A iniciativa também visa à futura criação do Centro de Memória da Suframa.
A estimativa inicial aponta que a instituição acumulou cerca de 3,5 mil quilômetros de documentos ao longo de seus 58 anos de existência. Somente nas primeiras horas do primeiro dia de trabalho de campo, a equipe técnica aferiu 772 metros lineares de documentação. O levantamento está sendo conduzido pelo professor do curso de Arquivologia da Faculdade de Informação e Comunicação da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Alexandre Costa, com o apoio da arquivista Talia Carvalho e da formanda Taiane Figueiredo. “Esse é um trabalho cooperativo e colaborativo, resultado de uma parceria fundamental para a organização dos documentos da Suframa. Nunca antes foi realizada uma mensuração como essa na instituição. Ela é indispensável para conhecermos a real dimensão do acervo e, a partir disso, dimensionarmos os recursos necessários para seu correto tratamento”, explicou o professor Alexandre Costa. O professor ressaltou ainda que a iniciativa demonstra a consciência institucional da Autarquia quanto à importância da gestão documental e o empenho em buscar soluções inovadoras.
O levantamento da MDA permitirá estimar com mais precisão a quantidade de bolsistas e profissionais necessários para a estruturação e implementação de um sistema de gestão arquivística eficiente. A proposta é garantir a preservação da memória institucional, promover a transparência e facilitar o acesso à informação.
O chefe da Divisão de Comunicações Administrativas (Dicom) da SUFRAMA, Jafé Praia Lima Cordeiro, que é também presidente da Comissão Permanente de Avaliação Documental desde 2021, destacou a relevância da cooperação com a Ufam. “Estamos unindo forças entre duas instituições federais para desenvolver uma política arquivística sólida para a Suframa. A Ufam, com 15 anos de experiência na formação de arquivistas, traz uma contribuição técnica valiosa. Essa união é essencial para lidarmos com o legado documental da Autarquia e para difundirmos nosso acervo com responsabilidade e eficiência”, afirmou.
Cooperação
Com a conclusão da etapa de diagnóstico, Suframa e Ufam deverão formalizar um instrumento de cooperação técnica que dará base às próximas fases do projeto, incluindo a organização, preservação e digitalização dos documentos. “A expectativa é consolidar um modelo de gestão documental que sirva de referência para outras instituições públicas também procurarem adotar iniciativas adequadas de tratamento arquivístico”, frisou Jafé Cordeiro.