
A Prefeitura de Coari decretou situação de emergência por 180 dias devido às inundações que afetam o município. A medida foi oficializada nesta segunda-feira (2), por meio do Decreto Municipal nº 1.194/2025, assinado pelo prefeito Adail Pinheiro, após a elevação dos níveis dos rios e lagos, que até o momento causou alagamentos em diversos bairros da área urbana e em 93 comunidades da zona rural.
Durante o anúncio, o prefeito destacou a gravidade do cenário e as primeiras ações emergenciais. “Já estamos providenciando a aquisição dos kits humanitários para atender as comunidades da zona rural e socorrer as famílias que perderam tudo o que produziram. A situação é delicada, pois já começa a faltar o básico para a sobrevivência dessas pessoas”, afirmou.
Ele também revelou que o município utilizará recursos próprios para agir imediatamente. “Graças a Deus, contamos com uma reserva financeira que nos permite agir rápido. Além disso, vamos buscar apoio do governo estadual, federal e parlamentares para ampliar a assistência e amenizar o sofrimento da população”, completou.
A cheia do Rio Solimões, que alcançou 16,59 metros na estação de Itapéua, e do Lago de Coari, que chegou a 16,61 metros, está entre as mais severas dos últimos anos. As fortes chuvas provocaram transbordamentos, afetando centenas de famílias e gerando prejuízos nos setores de saúde, habitação, produção rural e educação.
O decreto autoriza a mobilização de todos os órgãos municipais, sob coordenação da Secretaria Municipal de Defesa Social e do Departamento de Proteção e Defesa Civil, para execução de ações emergenciais de assistência, socorro e reconstrução. Também prevê a convocação de voluntários, campanhas de arrecadação e, quando necessário, desapropriações em áreas de risco.
Além disso, a medida permite a contratação emergencial de bens e serviços com dispensa de licitação, garantindo mais agilidade na resposta ao desastre. E como parte do compromisso com a proteção da população e a mitigação dos danos sociais e econômicos provocados pela cheia, equipes da Defesa Civil seguem em campo, realizando vistorias, monitorando os níveis dos rios e prestando atendimento às comunidades afetadas.