
A Defensoria Pública do Amazonas (DPE-AM) realizou, nesta semana, a primeira edição do “Defensoria nas Escolas – Construindo Cidadania” no interior do Estado, projeto que vem sendo realizado com sucesso na capital desde abril. Parintins (a 369 quilômetros de Manaus) recebeu, nesta segunda (9) e terça-feira (10), as atividades da iniciativa, coordenada pela Escola Superior da DPE-AM (Esudpam).
A equipe da DPE-AM visitou as escolas municipais Charles Garcia e Claudemir Carvalho, a Escola Estadual Anderson de Menezes e o Colégio Estadual Batista. Aproximadamente 400 alunos participaram das ações.
Na Terra dos Bois Bumbás, a equipe da DPE-AM foi bem acolhida em todas as escolas que receberam as palestras do projeto. “Nós fizemos aqui uma maratona com várias atividades nesses dois dias. Houve um engajamento grande. Os alunos fizeram perguntas e expressaram posicionamentos. Essa participação deles nos deixou muito satisfeitos, muito alegres e com a esperança renovada para levar a mensagem da cidadania para outros”, disse o defensor público Helom Nunes, diretor da Esudpam e coordenador do projeto.
“Quando chegamos para conversar com os estudantes, eles, embora ainda não tivessem clareza da missão defensorial, já sabiam onde fica a sede da Defensoria Pública. Isso demonstra que o trabalho que está sendo feito pelos colegas de Parintins tem uma grande força e legitimidade social”, complementou o defensor.
A defensora Emilly Santos, coordenadora do Polo do Baixo Amazonas da DPE-AM, elogiou a iniciativa. “O projeto trouxe aulas para as crianças de forma descomplicada e foi possível perceber que eles conseguiram captar a mensagem, e serão propagadores do que é a Defensoria Pública”.
Para a gestora Elcilene Belém da Silva, da escola Charles Garcia, o projeto da DPE-AM complementa a formação dos alunos, “pois promove o conhecimento dos direitos e deveres previstos na Constituição, estimula o pensamento crítico e fortalece valores como o respeito, a justiça e a solidariedade”.
“Ao trazer a Defensoria Pública para dentro da escola, o projeto aproxima os estudantes das instituições democráticas, mostrando que todos têm voz e podem exercer sua cidadania de forma consciente e ativa. Acreditamos que a educação vai além do conteúdo acadêmico, sendo também um espaço de construção de valores e transformação social”, destacou a gestora.
Aluna do 8º ano, Raylana Camille participou das atividades nesta segunda-feira (9) na escola Charles Garcia. “A equipe da Defensoria Pública ela explicou sobre os direitos dos cidadãos, como é para a gente agir e qual é o respeito que a gente deve ter. A lei precisa ser respeitada por todos os cidadãos. Nós gostamos da aula e queremos que vocês voltem logo”, disse.
Próximas paradas
Conforme o cronograma do projeto, as próximas cidades que receberão as atividades são Boca do Acre, no fim deste mês, e Santa Isabel do Rio Negro, em julho.
Helom Nunes afirma que levar o projeto para o interior demonstra que, para a DPE-AM, o assistido do interior deve ter o mesmo tratamento do assistido da capital.
“Com isso, a Defensoria Pública confirma que todos os seus projetos de educação em direitos e de cidadania estarão presentes tanto na capital quanto no interior do Amazonas, fortalecendo o compromisso com a interiorização e com a cidadania para toda a nossa população”, ressalta.
Sobre o projeto
O projeto “Defensoria nas Escolas – Construindo Cidadania” oferta noções básicas sobre a Constituição Federal, os direitos fundamentais, o sistema de justiça e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Com uma metodologia dinâmica e acessível, os encontros promovem o conhecimento cidadão para os estudantes e aproximam a Defensoria Pública das comunidades escolares.
O coordenador do projeto explica que a Defensoria Pública do Amazonas tem um compromisso com a educação em direitos. “Isso porque é essa conscientização é que vai gerar a transformação social”, salienta.
De acordo com o defensor, a ideia central do projeto é formar uma geração de estudantes e adolescentes comprometidos e conscientes dos seus direitos. “Essa é a defesa dos povos da floresta que a Defensoria Pública faz, conscientizar cidadãos para um futuro mais justo”, acrescenta Helom Nunes.