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quarta-feira, junho 18
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Doação de vacina a Gaza: Colapso sanitário levou ao ressurgimento da poliomielite

O Brasil enviou à Palestina 100 mil doses de vacina contra a poliomielite, segundo dados do governo federal. A doação brasileira, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), é parte da resposta global ao ressurgimento da doença em Gaza. Em 2024, um bebê palestino de 10 meses foi o primeiro paciente com pólio, após 25 anos sem registros da paralisia infantil na região. 

Bombardeio de hospitais, interrupções na distribuição de medicamentos e ajuda humanitária e abuso contra profissionais de Saúde levaram a um colapso do Sistema de Saúde em Gaza. A OMS registrou 697 ataques a instalações de Saúde desde o início da guerra com Israel, em outubro de 2023, a maio de 2025.

Menino palestino é vacinado em campanha do Unicef

Organização Mundial de Saúde (OMS) e Conselho Internacional de Enfermagem (ICN) emitiram diversas declarações sobre a catástrofe humanitária em curso. “Toda a população de 2,1 milhões de habitantes de Gaza enfrenta escassez prolongada de alimentos, com quase meio milhão de pessoas em uma situação catastrófica de fome, desnutrição aguda, inanição, doenças e morte. Esta é uma das piores crises de fome do mundo, que se desenrola em tempo real”, afirmou a OMS.

Fim da paralisia infantil exige esforço global de vacinação

A erradicação global da poliomielite, também conhecida como “paralisia infantil”, depende do alcance da vacinação. O último caso de poliomielite por poliovírus no continente americano foi registrado em 1991, mas até que a doença seja erradicada no mundo, como aconteceu com a varíola, há risco de introdução.

Fim da paralisia infantil exige esforço global de vacinação

A erradicação global da poliomielite, também conhecida como “paralisia infantil”, depende do alcance da vacinação. O último caso de poliomielite por poliovírus no continente americano foi registrado em 1991, mas até que a doença seja erradicada no mundo, como aconteceu com a varíola, há risco de introdução.

O Brasil mantém, desde 1994, certificado de zona livre do pólio, graças ao Programa Nacional de Imunização (PNI). O país tem um dos maiores sistemas de vacinação pública do mundo. Cerca de 189 mil profissionais de Enfermagem garantem a aplicação de mais de 300 milhões de doses anuais de vacinas, em mais de 39 mil salas de vacinação.

Paul Alexander, sobrevivente da paralisia infantil antes da vacinação, viveu até os 78 anos hospitalizado, utilizando equipamento conhecido como pulmão de aço para respirar

Imunidade de rebanho 

Manter as altas taxas de vacinação é fundamental para a chamada “imunidade de rebanho”. Se um número grande de pessoas for vacinado, as doenças não podem se espalhar facilmente de uma pessoa para outra, porque a maioria delas estará imune. Isso leva a uma queda na circulação da doença, protegendo indiretamente até aqueles que ainda não podem ser vacinados.

Segundo levantamento do Ministério da Saúde, os índices de cobertura vacinal, que chegaram a 97% em 2015, caíram a 75% em 2020, retrocedendo ao nível registrado em 1987. A recuperação da cobertura vacinal foi uma das principais políticas de saúde pública em 2024, quando o Brasil saiu da lista dos 20 países com mais crianças não imunizadas no mundo e recuperou a certificado de eliminação da rubéola e sarampo

Fonte: Ascom/Cofen

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