
A Pracinha do Leme, no coração do bairro Compensa, em Manaus, tornou-se palco de uma revolução cultural silenciosa e poderosa. A Feira Cultural do Leme, iniciativa colaborativa do projeto Conexão de Arte, vem promovendo encontros semanais que valorizam a produção artística e artesanal local, gerando renda, fortalecendo a identidade cultural e promovendo inclusão social.
Arte que pulsa nas periferias
A feira reúne expressões como macramê, bordado, crochê, pintura em tecido, artesanato sustentável, grafite, Hip Hop e música independente. Mais do que um espaço de exposição, é um ambiente de convivência e aprendizado coletivo, onde os talentos da comunidade são reconhecidos e impulsionados.
Protagonistas da transformação
A coordenação do projeto é liderada por Messias Ernesto (Track), grafiteiro e articulador cultural, idealizador do projeto Arte no Beco e da Batalha do Leme. Com uma trajetória marcada por ações de impacto social, Track é referência na cena cultural manauara.
Entre os colaboradores, destaca-se Miguel Maia, artista cadeirante e pioneiro da cultura Hip Hop em Manaus desde 1988. Com uma carreira marcada por superação e inovação, Miguel já representou o estado em programas nacionais e festivais de dança, sendo homenageado como patrimônio cultural da dança amazonense.
Na articulação social, Elizabeth Modernel, assistente social com mais de três décadas de atuação, utiliza a arte como ferramenta de transformação e resgate social. Ela coordena projetos voltados à saúde e à cultura, promovendo ocupação positiva dos espaços públicos.
Saberes ancestrais e sustentabilidade
As oficinas indígenas são conduzidas por Miriam Yaci Baré, artesã e professora dedicada à preservação da cultura do povo Baré. Seus trabalhos com grafismos e materiais biosustentáveis da floresta amazônica unem tradição e empoderamento feminino, fortalecendo o protagonismo comunitário.
Arte como resistência
Na direção de arte, Lucius Dagon, multiartista e designer gráfico, imprime sua visão urbana e inclusiva, valorizando a diversidade amazônida. Já na produção cultural, Dayrel Teixeira, criador do projeto Funkeiros Cults, conecta juventudes e territórios por meio da arte e da comunicação, promovendo narrativas periféricas e espaços de resistência.
Um movimento que cresce
A Feira Cultural do Leme é mais do que um evento: é um movimento que transforma a Compensa em um polo de criatividade, identidade e esperança. Com ações contínuas e envolvimento comunitário, a iniciativa reafirma o poder da arte como ferramenta de mudança social.
Acompanhe as próximas edições e mergulhe nesse universo de cultura viva e pulsante.